Obstruções arteriais

Obstrução arterial periférica

10/04/2012 21:52

 

As artérias podem “entupir”por diversos motivos. O principal é decorrente das placas ateroscleróticas. São placas que de formam dentro das artérias em consequência da deposição de material gorduroso. Os principais fatores de risco são: tabagismo (hábito de fumar), hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias (aumento de colesterol e triglicérides), obesidade e sedentarismo. Trata-se de uma doença sistêmica, isto é, pode acometer todas as artérias do organismo. Quando ocorre nas coronarias (artérias do coração) podem resultar em angina (dor no peito) ou infarto; quando ocorre nas carótidas (artérias do pescoço que levam o sangue para o cérebro) podem resultar em AVC (Acidente Vascular Cerebral), que é popularmente conhecido por derrame; quando ocorre nos rins pode levar a quadros de aumento da pressão arterial ou até mesmo à falência renal que muitas vezes são tratados por hemodiálise; quando ocorre nos membros inferiores, pode levar a quadros de dor nas perna ao caminhar ou até mesmo em gangrenas ou necroses, quadro que é de alto risco de amputação.

Gangrena de parte do pé.

 

O tratamento pode ser clínico (nas fases iniciais), cirúrgico ou endovascular. Cabe lembrar que o tratamento cirúrgico convencional quanto o endovascular só são indicados nas fase mais avançadas quando o paciente apresenta dor isquêmica (por falta de sangue oxigenado) mesmo no repouso ou quando desenvolve lesões como úlceras ou gangrenas.

O tratamento clínico baseia-se no controle dos fatores de risco (descritos acima), programa de exercícios (caminhada), cuidados com os pés e medicações vasodilatadoras.

A cirurgia convencional (aberta) é feita através da confecção de “pontes” que desviam o fluxo sanguíneo na área obstruída.

 

O tratamento endovascular consiste na dilatação dos segmentos estreitados ou mesmo ocluídos e pode ser complementado pelo implante de stents (malha metálica tubular), dependendo do caso. As vantagens deste método em relação à cirurgia aberta são: evitar incisões longas que podem complicar com isquemia das bordas e infecções, menor risco de lesão de estruturas adjacentes que são manipulados no acesso cirúrgico para confecção da ponte, menor tempo cirúrgico, possibilidade de realizar todo o procedimento com anestesia local evitando anestesia geral ou intradural prolongada, não necessidade de veia de calibre e comprimento adequado para servir de conduto arterial. O pós-operatório é significativamente mais confortável para o paciente já que a agressão cirúrgica e anestésica é consideravelmente menor e praticamente indolor em relação ao procedimento em si, podendo ser liberado para deambular no dia seguinte, dependendo das condições pré-operatórias de cada paciente.

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